Me identifiquei com tantos momentos desse texto, Maju! Falando especificamente de livros, também era uma adolescente que amava ler. Eu tenho orgulho até hoje da minha prateleira lá em casa cheia de livros da Meg Cabot, tá?! Mas perdi totalmente meu vício na leitura por muito tempo por causa desse sentimento de que eu precisava ser mais ‘madura’ nas minhas escolhas literárias, e isso obviamente significava ignorar totalmente meu prazer em ler por puro entretenimento (ha). Parecia que se eu lesse qualquer coisa que não fosse considerada super intelectual, eu nunca seria inteligente o suficiente. Mas nos últimos anos venho redescobrindo meus hábitos de leitura e muito do que li e tenho lido cai bem nessa caixinha limitante que chamam ‘literatura feminina’. E se não fossem esses livros eu não teria recuperado essa paixão que eu sentia tanta falta.
E assim, AMÉM pra frase da Grace Paley que tu citou ali no final! Me lembrou de um livro do Sidney Sheldon que eu AMAVA e fui tentar reler recentemente mas não consegui – fui obrigada a parar depois de ter que ler a descrição física super objetificada de uma personagem feminina. Ninguém sentiu necessidade de chamar esse tipo de coisa de literatura masculina, né? Então certamente não há a menor necessidade de continuarem a limitar nossas perspectivas, de escritoras e/ou leitoras, a categorias pejorativas, como tu falou, que agem como uma pré-critica e um julgamento extra pelos quais histórias escritas por homens não estão sujeitas a passar.
Ah, e curto muito esse formato com recomendações de leitura que fazem links com reflexões mais profundas, então pode mandar mais!!
Luiza, eu vivi essa mesma sensação que você teve com Sidney Sheldo lendo Marçal Aquino. Um dos meus livros favoritos por um bom tempo foi dele e, quando peguei pra ler um ano atrás……. que vergonha hahaha que mulher é essa que existe no imaginário masculino, mas a gente nunca conheceu na vida real, né.
Obrigada pelo comentário, me deixa muito muito animada pra continuar escrevendo minhas brisas aqui ❤️🔥
Nossa, Maju! Virou meu texto preferido da sua news até agora <3
Eu como leitora desde jovem, inclusive de Jogos Vorazes (que pra mim é sim uma obra prima, ok?), consigo me identificar 100%. E ainda é difícil admitir, as vezes, que tou lendo um livro não porque ele vai me elevar intelectualmente, mas porque eu preciso para me distrair, pelo entretenimento. Eu era a criança que levava um caderno para os passeios e anotava tudo o que eu via, pra escrever uma história depois. Nos 3 meses de férias escolares que eu passava com minha família na praia, era sempre eu, um livro, um caderninho, e mais tarde um notebook. Lia, escrevia, fazia isso de forma tão livre, com tanto potencial. Até hoje tenho anotações dessas histórias guardadas.
Mas daí vem o banho de água fria, descobri que o que eu lia não era literatura de respeito (a partir, é claro, da percepção de pessoas mais velhas e "intelectualmente superiores"). Depois disso, parece que a gente tá perdendo tempo ao ler e ao tentar escrever, porque nunca vai sair num nível Tolkien - como todos sabem, o mais elevado elevado nível de alta fantasia, rs. Senhor dos Anéis nunca me chamou atenção, comecei a ler e achei chato. Logo, sou uma impostora.
É muito difícil sair dessa posição. Às vezes tenho medo de que minha opinião sobre determinada obra seja muito rasa, idiota, porque eu não entendi. É a grande dificuldade em que eu esbarro toda a vez que tento produzir mais conteúdo para o meu instagram de leituras, então fazer alguns reels curtos me dá até certo alívio, assim ninguém descobre a verdade... 😅
Tem que ter muita coragem para ser mulher e escrever qualquer coisa, porque o mundo inteiro, literalmente, de acordo com os dados que você apresentou, não quer ler. Que bom que você tem a coragem e talento de sobra! Quero ler mais sobre isso por aqui. 💖
Me identifiquei com tantos momentos desse texto, Maju! Falando especificamente de livros, também era uma adolescente que amava ler. Eu tenho orgulho até hoje da minha prateleira lá em casa cheia de livros da Meg Cabot, tá?! Mas perdi totalmente meu vício na leitura por muito tempo por causa desse sentimento de que eu precisava ser mais ‘madura’ nas minhas escolhas literárias, e isso obviamente significava ignorar totalmente meu prazer em ler por puro entretenimento (ha). Parecia que se eu lesse qualquer coisa que não fosse considerada super intelectual, eu nunca seria inteligente o suficiente. Mas nos últimos anos venho redescobrindo meus hábitos de leitura e muito do que li e tenho lido cai bem nessa caixinha limitante que chamam ‘literatura feminina’. E se não fossem esses livros eu não teria recuperado essa paixão que eu sentia tanta falta.
E assim, AMÉM pra frase da Grace Paley que tu citou ali no final! Me lembrou de um livro do Sidney Sheldon que eu AMAVA e fui tentar reler recentemente mas não consegui – fui obrigada a parar depois de ter que ler a descrição física super objetificada de uma personagem feminina. Ninguém sentiu necessidade de chamar esse tipo de coisa de literatura masculina, né? Então certamente não há a menor necessidade de continuarem a limitar nossas perspectivas, de escritoras e/ou leitoras, a categorias pejorativas, como tu falou, que agem como uma pré-critica e um julgamento extra pelos quais histórias escritas por homens não estão sujeitas a passar.
Ah, e curto muito esse formato com recomendações de leitura que fazem links com reflexões mais profundas, então pode mandar mais!!
Luiza, eu vivi essa mesma sensação que você teve com Sidney Sheldo lendo Marçal Aquino. Um dos meus livros favoritos por um bom tempo foi dele e, quando peguei pra ler um ano atrás……. que vergonha hahaha que mulher é essa que existe no imaginário masculino, mas a gente nunca conheceu na vida real, né.
Obrigada pelo comentário, me deixa muito muito animada pra continuar escrevendo minhas brisas aqui ❤️🔥
Literatura e literatura feminina, futebol e futebol feminino, vôlei e vôlei feminino... e assim segue.
😡🫠🙅🏻♀️
Nossa, Maju! Virou meu texto preferido da sua news até agora <3
Eu como leitora desde jovem, inclusive de Jogos Vorazes (que pra mim é sim uma obra prima, ok?), consigo me identificar 100%. E ainda é difícil admitir, as vezes, que tou lendo um livro não porque ele vai me elevar intelectualmente, mas porque eu preciso para me distrair, pelo entretenimento. Eu era a criança que levava um caderno para os passeios e anotava tudo o que eu via, pra escrever uma história depois. Nos 3 meses de férias escolares que eu passava com minha família na praia, era sempre eu, um livro, um caderninho, e mais tarde um notebook. Lia, escrevia, fazia isso de forma tão livre, com tanto potencial. Até hoje tenho anotações dessas histórias guardadas.
Mas daí vem o banho de água fria, descobri que o que eu lia não era literatura de respeito (a partir, é claro, da percepção de pessoas mais velhas e "intelectualmente superiores"). Depois disso, parece que a gente tá perdendo tempo ao ler e ao tentar escrever, porque nunca vai sair num nível Tolkien - como todos sabem, o mais elevado elevado nível de alta fantasia, rs. Senhor dos Anéis nunca me chamou atenção, comecei a ler e achei chato. Logo, sou uma impostora.
É muito difícil sair dessa posição. Às vezes tenho medo de que minha opinião sobre determinada obra seja muito rasa, idiota, porque eu não entendi. É a grande dificuldade em que eu esbarro toda a vez que tento produzir mais conteúdo para o meu instagram de leituras, então fazer alguns reels curtos me dá até certo alívio, assim ninguém descobre a verdade... 😅
Tem que ter muita coragem para ser mulher e escrever qualquer coisa, porque o mundo inteiro, literalmente, de acordo com os dados que você apresentou, não quer ler. Que bom que você tem a coragem e talento de sobra! Quero ler mais sobre isso por aqui. 💖
ai lay, que comentário incrível que você deixou aqui!!! até esperei pra ter tempo de responder com toda calma pra agradecer.
obrigada por compartilhar do teu processo — esse que deixa tanta marca na gente. seguimos lendo e escrevendo o que faz sentido pra gente ❤️🔥