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Luíza M. G.'s avatar

Me identifiquei com tantos momentos desse texto, Maju! Falando especificamente de livros, também era uma adolescente que amava ler. Eu tenho orgulho até hoje da minha prateleira lá em casa cheia de livros da Meg Cabot, tá?! Mas perdi totalmente meu vício na leitura por muito tempo por causa desse sentimento de que eu precisava ser mais ‘madura’ nas minhas escolhas literárias, e isso obviamente significava ignorar totalmente meu prazer em ler por puro entretenimento (ha). Parecia que se eu lesse qualquer coisa que não fosse considerada super intelectual, eu nunca seria inteligente o suficiente. Mas nos últimos anos venho redescobrindo meus hábitos de leitura e muito do que li e tenho lido cai bem nessa caixinha limitante que chamam ‘literatura feminina’. E se não fossem esses livros eu não teria recuperado essa paixão que eu sentia tanta falta.

E assim, AMÉM pra frase da Grace Paley que tu citou ali no final! Me lembrou de um livro do Sidney Sheldon que eu AMAVA e fui tentar reler recentemente mas não consegui – fui obrigada a parar depois de ter que ler a descrição física super objetificada de uma personagem feminina. Ninguém sentiu necessidade de chamar esse tipo de coisa de literatura masculina, né? Então certamente não há a menor necessidade de continuarem a limitar nossas perspectivas, de escritoras e/ou leitoras, a categorias pejorativas, como tu falou, que agem como uma pré-critica e um julgamento extra pelos quais histórias escritas por homens não estão sujeitas a passar.

Ah, e curto muito esse formato com recomendações de leitura que fazem links com reflexões mais profundas, então pode mandar mais!!

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Marcela's avatar

Literatura e literatura feminina, futebol e futebol feminino, vôlei e vôlei feminino... e assim segue.

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